Músico, irmão de Sandy, toca com banda Dexterz nesta terça em SP.
'Será meio que um quintal de casa', diz ao G1 sobre sua nova festa.

Julio Torres, Amon Lima e Junior Lima, do Dexterz
(Foto: Divulgação/Gabriel Wickbold)
Em todas as edições, a atração principal será seu projeto de música eletrônica Dexterz, completado por Julio Torres e Amon Lima. O trio é conhecido por misturar vários elementos como violino, aparelhos tecnológicos e música eletrônica.
Em entrevista por telefone, Junior, de 28 anos, fala sobre seus artistas preferidos (Daft Punk, sobretudo) e compara a arte de fazer música pop rock ou eletrônica. "É como comparar fruta com pizza", resume.
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G1 – Como criaram a festa?Junior Lima – Eu já queria fazer algo fixo em São Paulo, porque muita gente daqui acaba perguntando quando vai ter show do Dexterz. Nós tocamos muito pouco em São Paulo e viajamos muito pelo Brasil. Nessas, resolvemos ter um lugar para convidados, nossos amigos, e um ambiente para fazer experiências, testar coisas novas para agregar aos nossos shows. Será meio que um quintal de casa. É uma festa informal mais para nós e nossos amigos.
G1 – Por que este nome para a festa?
Junior Lima – Primeiro, nós fizemos uma lista gigante de nomes e esse foi um dos melhores, que agradou bastante. E tem várias formas de se ler, além de ser o nome de um videogame que nós gostamos.

Junior pós-Sandy Veja bandas das quais ele já participou |
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Soul Funk - Junior tocou por quase três anos na casa nortuna Na Mata Café, em SP, com a banda de pop rock formada por Milton Guedes, Erick Escobar, Guilherme Fonseca, DJ Tubarão, Dudinha Lima e Giba Favery. Até que, em agosto de 2007, declarou seu fim para viajar com a última turnê ao lado de Sandy. |
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Nove Mil Anjos - Em setembro de 2008, Junior anunciou seu grupo de rock com Champignon (ex-Charlie Brown Jr.), Peu Sousa (ex-Pitty) e Péricles Carpigiani. Um ano depois, eles fizeram uma pausa e nunca mais voltaram. |
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Dexterz - Junior criou o projeto de música eletrônica em março de 2010, com Julio Torres e Amon Lima, após já ter participado do Crossover, que era formado pelo DJ e pelo violinista. |
Junior Lima – No caso da música eletrônica, eu sou mais percussionista do que baterista. É diferente de quando eu era baterista de banda [veja grupos ao lado]. Normalmente, em uma banda, o baterista é o coração. Agora é diferente. Estou mais enfrentando o som que está rolando do que conduzindo tudo. Mudou minha maneira de enxergar. O universo da música eletrônica é muito diferente, desde o público até o ambiente, que é mais intimista. É diferente de ser vocalista de uma banda, como eu já fui também. Mas não tem como comparar esses estilos. É como comparar fruta com pizza. Eu gosto de todas. Mas me dá muito prazer tocar no Dexterz e já estamos há um bom tempo juntos, o que significa que estamos agradando.
G1 – Quando vocês vão para festivais, já sentiram alguma plateia que fosse mais fria e distante? É difícil encarar uma plateia depois de Ivete Sangalo, por exemplo, como aconteceu no Arte Music Festival, ano passado em Fortaleza?
Junior Lima – Na verdade não. Não fica difícil porque eu e o Amon já temos muita experiência com palcos grandes. Quando vou tocar em palcos maiores me sinto mais à vontade. O show flui mais fácil porque já associo ao que fiz a minha vida inteira. Em um lugar mais intimista, tenho que me concentrar e me compreender na condição de artista.
G1 – O que você está ouvindo de música eletrônica?
Junior Lima – Tenho como referência o Justice, o Daft Punk, o francês Sebastian, Todd Terje, e outros nomes que não me lembro agora.

Junior Lima – Gosto da fidelização do público que uma festa traz. A galera que gosta do som aparece todas as vezes. Senti muito isso quando tocava no Na Mata Café [casa noturna de São Paulo]. Claro que todo show é prazeroso. A hora que eu entro no palco o mundo desaparece e só existe aquilo. O resto é que muda. A festa é pertinho de casa, já nos shows de turnê temos que pegar a estrada, é mais cansativo.
G1 – Você pensa em seguir carreira solo ou criar algum outro projeto paralelo?
Junior Lima – Agora não sobra espaço para isso. Tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Mas não é impossível que aconteça. Já fiz tanta coisa diferente. O formato é que sempre muda um pouco. Por enquanto não tenho outros projetos. Sou 100% Dexterz.
G1 – A Sandy fez um trabalho baseado na chegada dos 30 anos. Pensa em fazer algo relacionado ou tem alguma 'crise' do tipo?
Junior Lima – Não, ela já fez isso e fez muito bem. Ainda falta um tempinho para eu completar 30 anos. Não parei para pensar nisso na verdade.
G1 – Qual é a chance de você fazer um projeto para comemorar alguma efeméride ao lado da Sandy, para relembrar a dupla?
Junior Lima – Por enquanto, não tenho nenhum projeto além do Dexterz.
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